Uma pequena moradia, com cortinas de chita lisas e estampadas saídas de uma obra de Hélio Oiticica, abriga palavras e imagens que expõem um conceito de Brasil.
O novo livro do Sergio Medeiros fala de um Brasil feito de barracos. As imagens são as comunidades que se espalham pelo país afora: heterogêneas, bagunçadas, caóticas, mas coloridas e vibrantes. A burguesia é representada pelas letras, sempre pequenas (em todos os sentidos) e acima ou abaixo das imagens, nunca misturadas a elas -- narram o que veem nos barracos. Os barracos não precisam narrar nada, eles são.
Muito lindo! Dinamismo de cores e gestualidade!
ResponderExcluirReatualizei a minha imagem do Brasil por meio das imagens da minha poesia... Acho que vai ser assim daqui para a frente.
ExcluirO novo livro do Sergio Medeiros fala de um Brasil feito de barracos. As imagens são as comunidades que se espalham pelo país afora: heterogêneas, bagunçadas, caóticas, mas coloridas e vibrantes. A burguesia é representada pelas letras, sempre pequenas (em todos os sentidos) e acima ou abaixo das imagens, nunca misturadas a elas -- narram o que veem nos barracos. Os barracos não precisam narrar nada, eles são.
ResponderExcluirMe surpreendeu essa leitura! O "jogo" entre imagem e legenda (dístico) é uma das marcas dessa obra... e as conclusões são infinitas, espero!
ExcluirTensão entre o haikai e o plástico (concreto). Instantes do dia-a-dia poeticamente flagrados. Em suas concisões. Em suas iconicidades.
ResponderExcluirO comum e a concisão são realmente uma receita oriental que procuro seguir... na minha busca por um certo "incomum".
ExcluirPor um certo ícone...onde o banal deixa de ser banal...
ResponderExcluirE a semiótica do embate, da interface entre as imagens e as palavras acentua a iconicidade.
ResponderExcluirEste trabalho me parece um permanente buscar "ver a lágrima no olho do peixe", qual Matsuó Bashô.
Sim, essa é a busca... dele e decerto também a destes dísticos...
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